20120528

ABACATEIRO

“Receita de GUACAMOLE
- 2 abacates maduros;
- ½ colher (chá) de sal;
- ½ tomate cortado em cubinhos;
- 1 malagueta fresca;
- 1 dente de alho picado;
- ¼ de cebola picada.
Cortar os abacates ao meio e retire o caroço. Retirar a polpa com uma colher para uma tigela.
Amassar a polpa com um garfo e acrescentar a cebola, o alho, a pimenta e o tomate, misturando tudo. Prontinho!”

Quando anteriormente me referi à “pré-existência” de 3 árvores no nosso jardim e ao desaparecimento precoce de 2 delas, não estava a ser totalmente preciso. A uma cota de -1 metro debaixo do solo (sob a forma de raízes) e a +2m acima do solo (numa extensa rama) jaz um abacateiro, ou para ser mais preciso 2/5 do abacateiro do nosso vizinho sul. A sua imponência é tal que ocupa grande parte da nossa vista sudoeste e servirá de sombra nos inícios de tarde solarengas de Verão.

Trata-se de uma árvore pouco comum nos jardins do Porto e apesar do meu analfabetismo botânico julgo se tratar de um exemplar de dimensões colossais e que nos transportam rapidamente para um pais tropical de terras férteis e chuvas abundantes. O agradável desta característica prende-se obviamente com a proporcionalidade dos desejados e apetecíveis frutos do abacateiro.

Poderia divagar livremente sobre as diversas propriedades benéficas dos abacates, desde a sua utilização na indústria cosmética até às vitaminas que beneficiam o estado de saúde de quem os ingere em abundancia, passando pelo preço a que os mesmos são vendidos nas nossas bancas frutícolas. Mas não o farei, apenas irei referir ao de leve o bem que sabem numa saladinha de verão, ou num molhe guacamole.

Mas como diz D. Etelvina, não há bela sem senão…
A referida quota de extensa rama de +2/+3/+4 metros acima do solo encontra-se recheada de abacates maduros, que como devem imaginar pensam acima de meio-kilo com o seu imperioso caroço.
Óptimo! diria uns dos meus amigos cozinheiros.
Que grande maçada! direi eu no momento que pretenda descansar uma bela soneca no verdejante relvado que sob ele será plantado.

Após visualizações em loco do fenómeno de queda dos mesmos graças à gravidade e depois de ligeiros cálculos astrofísicos (amandamos um abate ao ar) chegamos a conclusão que a mistura da trajectória da queda livre de um destes exemplares com a mala-pata de um ser vivo se colocar na hora/sitio errado do jardim, fará com que o 112 acorra ao Bonjardim, com a certeza de um traumatismo crânio-encefálico!

Sendo assim as possibilidades de sestas foram postas de lado, mas a travessia desta parte do jardim para o fim do logradouro onde planeamos plantar os nosso tomates-cherry e os pimentos padrón, também incorria em perigos de bombardeamentos naturais. Posto isto e com a prudência que nos é conhecida e relatada em outros posts, decidimos cortar o mal pela raiz.

Não, não me interpretem mal. Antes queria dizer, parar o mal pela raiz… do cabelo (trocadilho para quem os aprecia), ou seja implementar um sistema de capacetes de obra para travessia. Sempre que seja necessário passar “under the advocato” será aconselhável colocar um capacete (tipo, ligar os médios antes do túnel, ou colocar creme solar em dias de nevoeiro, just in case)

Mesmo assim, mesmo que este sistema falhe, e faço questão de o fazer, irei negociar como clausula segurada a morte/incapacidade por queda de frutos para qualquer ocupante/visitante da casa. Portanto amigos nossos não temam! Se algo vos acontecer no jardim poderão se gabar para a eternidade do acidente mais verde quem alguém já teve e quem sabe a vossa família terá dinheiro para ir passar férias num pais tropical de terras férteis e chuvas abundantes!!!

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